Aluna : Renata Gomes nº35 T:2104
Em 1470 o pequeno arquipélago na costa oeste da África formado de
duas ilhas principais – São Tomé e Príncipe- foi descoberto pelos
portugueses. Eles logo perceberam que era um ótimo lugar para
agricultura, e assim seus primeiros habitantes foram portugueses e
escravos africanos.
Ao longo de quinhentos anos os escravos e seus descendentes foram
arduamente explorados, levando a várias revoltas durante esse período
de tempo. Mesmo com a abolição da escravatura em 1870, e o trabalho
virando contratual, a opressão continuou forte. Todo esse contexto
histórico levou à independência em 1974 através do Comitê de
Libertação de São Tomé e Príncipe, depois transformado em Movimento de
Libertação de São Tomé e Príncipe. Entre 1975 e 1985 esteve em um
regime socialista e depois desse período a economia foi lentamente se
abrindo.
São Tomé carrega hoje as cicatrizes de tudo isso: ser um país
subdesenvolvido, a média de vida de sua população ser de 68 anos, a
população abaixo da linha da pobreza ser de 54%, só metade da
população trabalhar, IDH ser baixo, ter uma alta mortalidade infantil,
ter uma grande desigualdade de gênero, entre outros problemas.
Por mais que o atual governo tenha muitas campanhas para mudar o
cenário atual do país a todos esses problemas, muitas dessas coisas
estão enraizadas na cultura construída com opressão, violência e
valores de Portugal que levaram a múltiplas desigualdades sociais
(como a homofobia, o machismo e o racismo). É preciso que os
parlamentares se esforcem de verdade para criar leis que realmente
mudem algo e decidam o que é realmente importante para a população,
que acaba sofrendo com tudo isso.
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