quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Religião Santomense

Religião de São Tomé e Príncipe

Como sabemos, independente de onde vivemos, a religião exerce uma forte influência sobre a vida dos milhões de indivíduos existentes em toda parte do mundo. Seja a sua qual for, convido você leitor, a conhecer a ampla diversidade de crenças que se apresentam em inúmeros lugares, dentre eles o nosso querido e tão amado São Tomé.
A religião da ilha deriva dos diferentes cultos das divindades locais e ancestrais provenientes do continente africano. Além disso, algo que se assemelha muito a nós, é a presença do cristianismo. Isso deve-se a gama de indivíduos com as mais variadas origens que foram para a Ilha.
Distingue-se contudo, duas tendencias religiosas acentuadas: a animista e a católica. A primeira se funda no conhecimento fetichista, onde há a concepção de mais de um Deus. Já a segunda, é uma interpretação cristã do mundo que por sinal não os satisfaziam completamente, por não explicar muitos fenômenos considerados sobrenaturais e misteriosos.
 O povo de lá vive da fé, embora se verifique que muitos vivem à sua maneira, pois é muito comum ouvir-se dizer “ eu cá tenho minha fé”, ou “eu vivo conforme aquilo que penso ser melhor para mim”. Hoje a religião Santomense é tida como algo necessário, servindo ela para se ter auxílios para qualquer e todos projetos para a vida. Lá encontram-se práticas manequistas e o espiritismo, o *Djambí e o *Bambí, o *Flêcê e o *Pagá-Devê. Há também pessoas que passam de porta em porta lendo a bíblia como os testemunhas de Jeová, chamados de “Os de Jeová “.
Embora constituídos por uma amálgama de crenças, são bem característicos os ritos funerários, um verdadeiro culto aos mortos, onde na altura do falecimento, os indivíduos que estão de vigília saem do quarto em gritaria para não interromperem a saída da alma do defunto, queimam-lhe a cama para que a mesma não volte a este mundo, e bebem genebra com cola pondo-se a fazer o elogio fúnebre, ressaltando as qualidades dos mortos. Após, o cadáver é lavado e vestido posto ao caixão onde sua família irá beijá-lo e se direcionar à igreja para sepultá-lo. No sétimo dia de falecido, fazem uma grande festa para celebrar. Essa mística religiosa manifesta-se em muitos aspectos da vida.
No nascimento, os três primeiros dias de vida da criança, a amamentação é por conta da vizinha, pois segundo a crença, o leite da mãe seria maligno. São amarrados ao pescoço da criança pedacinhos de paus e folhas que afastam os feiticeiros que provavelmente viriam chupar o sangue da criança. A criança é passada de colo em colo todas as noites para que o feitiço não tenha tempo de entrar nela.
*Entende-se por D’Jambi um ritual mágico ligado ao misticismo, cujo objectivo é de curar os enfermos e acalmar os espíritos dos antepassados.
*Muito comum nas mulheres grávidas, prestes a dar à luz. Terão que cortar Bambí, como forma de se redimirem dor juramentos feitos à toa perante o marido ou outras pessoas.
*Flêcê: neste culto, um mês após o nascimento do filho a mãe oferece-o ao mundo, e a Deus. é similar à atividade da igreja, pois aproxima-se a apresentação do menino Jesus ao templo do Senhor, associado a purificação de Nossa Senhora, pois costuma-se dizer que a mulher só se torna pura e merecedora do respeito do marido depois de oferecer o seu filho.
*Pagá-Devê é uma crença de origem africana, similar à da igreja católica, pois, tal como nela acredita-se em algo que redima o ser humano do pecado original. Todos nós temos
uma oportunidade, por isso mesmo, o Pagá-Devê representa a oportunidade que o ser humano tem de se redimir de algo que o fez tronar-se humano.
Por Lorrein Diuly, Aluna da turma 2012
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